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Retrospectiva dos negócios esportivos em 2022: principais highlights do primeiro semestre

2022 foi um ano bastante agitado de negócios para a indústria esportiva global. Os últimos 12 meses trouxeram consolidação da mídia em alguns mercados e fragmentação de direitos em outros, enquanto várias propriedades esportivas de alto nível mudaram totalmente de gestor ou receberam novos investidores minoritários.

Centenas de milhões de dólares foram investidos em acordos de patrocínio, contratos de hospedagem em grandes eventos, além de fusões e aquisições. A expectativa é que esse cenário se mantenha em 2023. Seguem os principais negócios realizados no primeiro semestre de 2022.

 

Janeiro

  • O NFT e a empresa de blockchain Animoca Brands alcançaram uma avaliação de US$ 5 bilhões após levantar US$ 358 milhões em uma rodada liderada pela Liberty City Ventures;
  • As empresas de capital de risco Andreessen Horowitz e Kleiner Perkins surgem como novos investidores, já que a NFT de Tom Brady, Autograph, gerou US$ 170 milhões em financiamento da Série B;
  • No segmento de e-sports e jogos, o Savvy Gaming Group (SGG), que pertence ao Fundo de Investimento Público (PIF) da Arábia Saudita, pagou US$ 1,5 bilhão para adquirir a organização de e-sports ESL Gaming e a plataforma competitiva de jogos Facelt, com a fusão das duas empresas após o acordo.
  • A Microsoft fechou um acordo de US$ 68,7 bilhões para comprar a editora de videogames Activision Blizzard, embora a Federal Trade Commission (FTC) dos EUA tenha se movido para bloquear a transação alegando que isso prejudicaria a concorrência.
  • No patrocínio, o TikTok aumentou ainda mais a presença no esporte ao se tornar o patrocinador titular das Seis Nações Femininas e um parceiro oficial da competição masculina, além de ter fechado acordos para com os campeonatos masculinos da Euro 2022 da Federação Europeia de Handebol (EHF) e a Copa Africana de Nações.
  • O prêmio em dinheiro do US Women´s Open dobrou para US$ 10 milhões com o acordo ProMedica da USGA;
  • IPL conquista Tata Group como novo patrocinador principal;
  • New York Times compra The Athletic por US$ 550 milhões;
  • Real Salt Lake é adquirido por David Blitzer e Ryan Smith em acordo de US$ 400 milhões.

 

Fevereiro

 

  • A Access Industries, principal acionista do serviço de streaming de e-sports, realizou uma recapitalização de US$ 4,3 bilhões para livrar a empresa de dívidas;
  • O New Zealand Rugby (NZR) aceitou uma oferta de NZ$ 200 milhões da Silver Lake (empresa de private equity) por uma participação minoritária na nova entidade comercial;
  • Nos Estados Unidos, a Associação Nacional de Basquete Feminino (WNBA) recebeu um investimento de US$ 75 milhões, o que representou o maior aumento de capital de todos os tempos para uma propriedade esportiva feminina;
  • Sobre patrocínio, dois importantes acordos para a Red Bull Racing de Max Verstappen, ao anunciar a Oracle como novo patrocinador principal, num contrato de cinco anos por cerca de US$ 300 milhões. Em seguida, a equipe fechou uma parceria de três anos com a Bybit, alegando que o acordo de US$ 150 milhões era o maior patrocínio anual de criptomoeda no esporte internacional;
  • Fanatics se une a Jay-Z para adquirir Mitchell & Ness em um acordo de US$ 250 milhões;
  • 777 Partners acerta a aquisição do Vasco da Gama por US$ 137 milhões.

 

Março

 

  • A Apple entra para o mercado de transmissão de esportes ao vivo com um pacote de direitos da Major League Baseball (MLB) nos Estados Unidos, Canadá, Austrália, Brasil, Japão, México, Porto Rico, Coréia do Sul e Reino Unido;
  • O Barcelona fechou uma parceria expansiva de quatro anos com o Spotify, valendo € 1,35 bilhão (US$ 1,41 bilhão) por temporada, numa tentativa de reduzir sua dívida;
  • A Ligue 1, da França, juntou-se à LaLiga para seguir a rota do private equity. Os clubes deram sinal verde para que a CVC Capital Partners assumisse uma participação de 13% no valor de € 1,5 bilhão (US$ 1,6 bilhão) na nova empresa comercial da Professional Football League (LFP), que administrará a venda dos direitos de transmissão da Ligue 1;
  • Os direitos de transmissão do US Soccer vão para a Turner em um contrato de oito anos no valor de aproximadamente US$ 216 milhões.

 

 

Abril

 

  • Quase um ano após o anúncio oficial, foi finalizada a fusão entre os pesos pesados da mídia americana Discovery e WarnerMedia, com o fechamento da AT&T e a criação da Warner Bros Discovery;
  • A OneFootball, plataforma de futebol digital, levantou US$ 300 milhões para investir em produtos baseados na Web 3.0, incluindo NFTs;
  • CBC amplia o acordo de direitos olímpicos até 2032;
  • NFL injeta US$ 320 milhões no Fanatics;
  • Amazon obtém direitos exclusivos do ONE Championship nos EUA e Canadá.

 

 

Maio

 

  • Warner Bros Discovery fecha acordo com a BT para combinar as operações de transmissão esportiva das duas empresas no Reino Unido e na Irlanda. Juntas, as entidades possuem direitos das principais propriedades esportivas, como a Uefa Champions League, a Premier League, os Jogos Olímpicos e os Grand Slams de tênis;
  • Futebol dos EUA fecha acordo de igualdade salarial para seleções masculinas e femininas;
  • Real Madrid anuncia acordo de € 360 milhões entre Sixth Street e Legends;
  • PFL atinge avaliação de US$ 500 milhões após rodada de financiamento da Série E.

 

Junho

 

  • A Major League Soccer (MLS) anuncia uma parceria global de direitos de transmissão de US$ 2,5 bilhões por dez anos com a Apple;
  • O AC Milan confirmou a venda de €1,2 bilhão (US$ 1,28 bilhão) para a RedBird Capital Partners, que substituiu a Elliott, outra empresa de private equity dos EUA, como novo proprietário do time da Série A;
  • CAA conclui a aquisição da ICM Partners por US$ 750 milhões;
  • PSG decola com camisa da Qatar Airways no valor de até € 70 milhões por ano.

 

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