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CIBERSEGURANÇA: AS PRINCIPAIS TENDÊNCIAS PARA 2022

O crescimento de ataques cibernéticos, regulamentações como a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) e a pandemia foram alguns dos desafios para a segurança da informação nas empresas. De acordo com o movimento do mercado global nos últimos anos, é possível fazer uma reflexão do que está por vir.

Com a LGPD já em vigor, por exemplo, as regulamentações estarão cada vez mais fortes, como no caso das instituições financeiras que implementam novas normas em seus sistemas. Também está em discussão um projeto de lei para proteção de infraestruturas críticas, que deve estar em alta em função de compliance dos negócios.

Neste caso, o cenário pandêmico, além da aceleração digital das empresas, provocou um aumento no número de incidentes cibernéticos, conforme dados do relatório IBM X-Force Threat Intelligence 2021. Com a preocupação das empresas com a blindagem cibernética de seus ecossistemas, houve uma mobilização por parte de autarquias, agências reguladoras e associações de empresas para promover e fomentar boas práticas para a implementação de controles cibernéticos.

Em conformidade com a cultura de segurança da tecnologia, a legislação também tem avançado na construção de uma política de segurança e comunicação clara do papel do governo com a aprovação, não só da LGPD, mas também dos Decretos n° 9.573, da Política Nacional de Segurança de Infraestruturas Críticas, n° 9.637, da Política Nacional de Segurança da Informação, e n° 10.222, sobre a Estratégia Nacional de Segurança Cibernética (E-Ciber).

Com essas normas, o Brasil passou da 71ª posição para a 18ª no índice Global de Segurança Cibernética 2020, ranking realizado pela União Internacional de Telecomunicações (UIT), agência especializada em tecnologia da informação e comunicação da Organização das Nações Unidas (ONU).  Esse avanço coloca o país em terceiro colocado da América, ficando atrás somente dos Estados Unidos e Canadá.

Outra vulnerabilidade está relacionada às cidades inteligentes. Quanto mais as cidades de todo o mundo aprimoram suas soluções tecnológicas, também se tornam um alvo de cibercriminosos.  Um caso recente ocorreu no início de 2021, com o ciberataque à Pimpri Chinchwad, localizada na Índia e considerada uma das primeiras cidades inteligentes do mundo, quando foram infectados 25 dos servidores de projetos municipais da região. De acordo com a imprensa mundial, foi o primeiro registro de um ciberataque contra uma cidade.

Com relação ao Machine Learning (ML), o papel do aprendizado também está crescendo e se tornando mais proativo. Com o ML, a segurança cibernética torna-se mais simples, eficaz e mais barata.  A partir de um conjunto de dados, o ML desenvolve padrões e os manipula com algoritmos, podendo antecipar e responder a ataques ativos em tempo real.

Essa tecnologia baseia-se em dados ricos e sofisticados para produzir algoritmos eficazes. Implementar o ML permite que os sistemas de segurança analisem os padrões de ameaça e aprendam os comportamentos dos cibercriminosos, o que ajuda a evitar ataques semelhantes no futuro, além de reduzir o tempo necessário para que os especialistas realizem atividades de rotina.

Problemas de segurança continuam afetando a maioria dos dispositivos IoT que estão no mercado. Dispositivos de computação embutidos em produtos IoT permitem o envio e recebimento de dados pela internet, representando ameaças significativas para os usuários, expostos aos ataques como DoS ou dispositivos sequestrados. Com a IoT conectada ao espaço virtual e o mundo físico, as intrusões domésticas aumentam a lista das principais ameaças trazidas pela tecnologia.

A atuação de Bichara e Motta Advogados no campo de Cibersegurança já é uma realidade.