Estudo global da IBM mostra que os fãs valorizam a personalização e o conteúdo diversificado das plataformas digitais
A IA promete transformar praticamente todos os elementos do esporte, desde a arbitragem, análise de desempenho e recrutamento até marketing, engajamento de fãs e criação de conteúdo.
O Global Sports Attitudes and Behaviours, recente estudo global da IBM (maio/2024), realizado com mais de 18 mil fãs de esportes em dez países levantou que, embora a televisão linear ao vivo ou os serviços de streaming continuem sendo o principal canal de consumo para a maioria (64% dos fãs), os dispositivos móveis e as plataformas digitais estão cada vez mais populares, especialmente entre o público mais jovem.
Essa questão está impulsionando uma mudança fundamental nos hábitos de consumo, com muitos fãs agora exigindo mais conteúdo de formato mais curto e que apele para seus interesses e preferências individuais, em vez de um único feed de tamanho único, tradicional das emissoras que detém os direitos.
O conteúdo automatizado e personalizado é um dos primeiros casos de uso mais desenvolvidos para a tecnologia Gen AI, o que justifica o objetivo da IBM ao encontrar suporte para IA em vários dados demográficos.
Embora o suporte à IA estivesse presente em 50% de todas as faixas etárias, esse número aumentou para 58% entre os entrevistados com idades entre 18 e 29 anos, mostrando que esse público está duas vezes mais propenso a usar smartphone ou tablet para assistir eventos esportivos. Os fãs também são mais adeptos da segunda tela, utilizando vários dispositivos simultaneamente quando comparados ao público mais velho.
Outro apontamento foi o fato de, em todas as faixas etárias, 56% usaram as redes sociais para conteúdo adicional, com 64% desse público assistindo os destaques em vídeo e 48% consumindo reprises ou análises pós-jogos. Para um terço dos entrevistados, o resumo do conteúdo era a prioridade, enquanto 26% preferem o conteúdo personalizado.
O estudo da IBM deixou claro que os detentores de direitos e as emissoras que conseguirem oferecer esses recursos podem lucrar bastante, uma vez que 41% dos entrevistados assistem os resumos semanalmente e outros 24% fazem isso diariamente.
Metodologia
A pesquisa ouviu 18.082 fãs de esportes com mais de 18 anos nos Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, França, Alemanha, Itália, Espanha, índia, Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita. As entrevistas aconteceram on-line com cerca de 2 mil respostas por mercado nos EUA, Canadá, Reino Unido, França, Alemanha, Itália e índia, e cerca de mil respostas por mercado nos Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita.
Para estar apto para a pesquisa, os entrevistados deveriam ser fãs medianos de esportes, no mínimo, e acompanhar pelo menos um esporte entre futebol, críquete, tênis, basquete, beisebol, rúgbi, golfe, futebol americano, corrida de F1, atletismo, natação e Olimpíadas.
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